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sexta-feira, 20 de maio de 2022

Movimento pelo preço justo da água em Alenquer quer devolução de 2 milhões de Euros aos clientes

O movimento Alenquer Água Justa pediu a intervenção da entidade reguladora para a câmara municipal devolver dois milhões de euros cobrados de forma indevida na fatura, enquanto o município pretende reduzir o montante ajustando as tarifas nos próximos anos.


“Solicitámos a intervenção da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos [ERSAR], por forma a que sejam devolvidos aos clientes os valores indevidamente cobrados através da tarifa por parte da Águas de Alenquer, desde 2017 até ao presente”, refere o Grupo de Cidadãos Alenquer Água Justa, na carta aberta enviada à ERSAR, a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Em causa estão cerca de dois milhões de euros cobrados de forma excessiva na fatura da água dos clientes desde essa data, montante confirmado por Pedro Folgado, presidente deste município do distrito de Lisboa.

“Devolveremos esse valor aos munícipes, mas é difícil contabilísticamente, porque obrigaria a fazer cálculos sobre cada fatura, uma vez que o preço a pagar é baseado na tarifa variável [no consumo de água], o que é uma tarefa hercúlea. Por isso, considerando esse crédito, vamos fazendo acertos na tarifa nos próximos anos, porque acertar tudo só num ano também é difícil”, justificou o autarca à agência Lusa.

Neste sentido, na última reunião de câmara, o executivo municipal aprovou novos tarifários para este ano, que, após os devidos acertos, resultaram num desconto de 0,11%

O movimento “não aceita que o montante cobrado a mais desde janeiro de 2017 seja incorporado em tarifas futuras, resultando num desconto que será corrigido na tarifa de 3 em 3 anos até ao final da concessão, em 2033”, é mencionado na carta aberta.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Mais de metade dos utentes do concelho de Alenquer sem médico de família

Mais de metade dos utentes do concelho de Alenquer está sem médico de família, sendo o Carregado a zona mais afetada, segundo o portal do Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários do Ministério da Saúde.

Mais de metade dos utentes do concelho de Alenquer sem médico de família

Dos 40.812 utentes de saúde deste concelho do distrito de Lisboa, 22.213 estão sem médico de família, existindo pelo menos 11 profissionais em falta, de acordo com a mesma fonte.

Segundo os dados, 18.474 têm médico, existindo 12 profissionais em funções.

O problema agrava-se na extensão de saúde do Carregado, a zona mais populosa a seguir à sede do concelho e onde, dos 13.007 utentes inscritos, 86,2% (11.213 utentes) estão sem médico de família.

Por este motivo, o Carregado é uma das duas zonas consideradas carenciadas dentro do Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo, para a qual foram abertas duas vagas, num despacho dos ministérios da Saúde e das Finanças, publicado na quarta-feira em Diário da República.

Na terça-feira, em sede da discussão do Orçamento do Estado, o deputado do PS João Nicolau pediu à ministra da Saúde, Marta Temido, para que "olhe para a situação urgente e dramática que se vive no centro de saúde do Carregado", qualificando a situação como "gritante" e "desesperante".

Na resposta, a secretária de Estado da Saúde, Fátima Fonseca, anunciou a abertura das vagas para o concelho de Alenquer, entretanto já concretizada no despacho.

O despacho define as zonas geográficas qualificadas como carenciadas para efeitos da atribuição dos incentivos aos procedimentos de mobilidade e de recrutamento de pessoal médico iniciados a partir de 01 de janeiro de 2022, por estabelecimento de saúde e especialidade médica.

sábado, 23 de abril de 2022

Alenquer inaugura na segunda-feira novas instalações para o Destacamento da GNR

A Câmara de Alenquer inaugura, na segunda-feira, as novas instalações para o Destacamento da GNR, um investimento de cerca de 1,6 milhões de euros para dar melhores condições de atendimento aos cidadãos e de trabalho aos militares.


“O antigo edifício estava muito deteriorado. Não era prático para atendimento ao público e para o convívio do destacamento e do posto, nem tinha condições de habitabilidade”, disse o presidente da câmara, Pedro Folgado.
“Também em termos de acessibilidade, já não fazia sentido o posto estar” na zona antiga da vila e “fazia sentido o destacamento estar num sítio com mobilidade plena, ainda que mais afastado” do centro, justificou o autarca.

Usado pela GNR desde 1984, o edifício, que chegou a ser uma antiga prisão, apresenta problemas de infiltrações, humidade e falta de espaço, além de se situar na zona mais antiga da vila, onde as ruas são apertadas e o acesso é difícil.

A construção de novas instalações era reclamada há mais de 20 anos.

A empreitada foi iniciada em 2020 e o terceiro concurso público foi lançado em 2019, depois de os dois anteriores terem ficado sem concorrentes, obrigando a autarquia e o Ministério da Administração Interna a rever preços e a alterar o protocolo estabelecido entre ambos em 2015.

O novo edifício do Destacamento da GNR de Alenquer está localizado num terreno cedido pela câmara municipal, entre Alenquer e o Carregado, a localização considerada mais adequada para servir as duas vilas e por estar dotada de transportes públicos.

A construção de novas instalações para o Destacamento de Alenquer da GNR está prevista desde pelo menos 2008, altura em que integraram as compensações pela deslocalização da Ota, no concelho, para o Aeroporto Internacional de Lisboa, prometidas pelo Governo liderado por José Sócrates.

O Destacamento é responsável pelos postos de Alenquer, Azambuja e Cadaval, onde trabalham 136 militares, dos quais meia centena vai beneficiar das novas instalações.


Fonte: https://www.rtvon.pt

terça-feira, 19 de abril de 2022

Câmara de Alenquer fecha 2021 com resultado negativo de 422 mil euros

A Câmara de Alenquer piorou os resultados obtidos em 2021, ao fechar o ano com um resultado negativo de 422 mil euros e uma execução orçamental abaixo da registada em 2020, segundo o Relatório de Contas, ontem aprovado.


De acordo com o documento o resultado líquido obtido em 2020 tinha sido de 6,8 milhões de euros.
A receita teve uma execução orçamental de 76,97%, abaixo da de 2020 (78%), uma vez que, de um orçamento corrigido de 45,4 milhões de euros, foram cobrados 35 milhões de euros.
Para o aumento da receita contribuíram os impostos diretos (11,4 milhões de euros em 2020 e 12,3 milhões de euros em 2021), a principal fonte de receita da autarquia, assim como das transferências correntes (nove milhões de euros para 9,5 milhões de euros) e de capital (1,7 milhões de euros para 2,5 milhões de euros), relacionadas com financiamento recebido do Estado para investimentos e com a transferência de competências da administração central.

quarta-feira, 16 de março de 2022

Alenquer desliga sirenes dos bombeiros por respeito aos refugiados da Ucrânia

O Serviço Municipal de Protecção Civil de Alenquer (SMPC) e as duas associações de bombeiros do concelho decidiram suspender, pelo menos por 30 dias, os toques de sirene dos quartéis das
corporações, porque perceberam o impacto muito negativo que esse som teve em algumas crianças ucranianas que chegaram nos últimos dias ao município. A medida aplica-se a partir desta quarta-feira, para já por um período de 30 dias, que será reavaliado em meados de Abril.


Habitualmente as sirenes dos quartéis de Bombeiros de Alenquer e da Merceana e das secções de Bombeiros de Olhalvo e da Abrigada tocam ao meio-dia e quando é necessário apelar à vinda de voluntários que ajudem no socorro a situações de emergência como acidentes graves, incêndios ou inundações. O concelho de Alenquer, que tem cerca de 42 mil habitantes, já recebeu, nos últimos dias, mais de 40 refugiados da Ucrânia e estará disponível para receber mais.
Com esta suspensão do toque das sirenes, os serviços municipais de Protecção Civil de Alenquer pretendem “proporcionar algum sentido de paz e tranquilidade aos refugiados ucranianos, dissociando este som das experiências traumáticas que os assolaram nas últimas semanas, em função do conflito armado que decorre no país de origem”.
“Tudo o que vemos dos cenários de guerra na televisão são os barulhos de bombas e de aviões, todos eles antecipados pelo barulho das sirenes. Nós associamos o barulho a outros contextos, que não o de guerra. Por carinho e solidariedade com os refugiados ucranianos que têm chegado ao nosso território, no intuito de proporcionar alguma paz e descanso a estas pessoas, decidimos manter as sirenes em silêncio, permitindo que a cabeça destas pessoas possa dissociar o som do trauma da guerra, que viverá para sempre dentro deles”, sublinha Rodolfo Batista, comandante operacional da Protecção Civil de Alenquer, frisando que foi a reacção traumática de duas crianças refugiadas que levou o SMPCA a equacionar esta medida, que avaliou depois com as corporações de Bombeiros e que teve a concordância do executivo camarário. 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Alenquer comemora 520 anos do nascimento de Damião de Góis em fevereiro

Alenquer vai assinalar os 520 anos do nascimento de Damião de Góis, historiador e humanista natural deste concelho do distrito de Lisboa, com um programa comemorativo organizado pelo município, entre 02 de fevereiro e 04 de março.


O programa, dado a conhecer pela câmara municipal, arranca no dia 02 com uma homenagem ao historiador e humanista do Renascimento, no Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição, onde decorre a maioria das atividades, seguindo-se, no dia 04, a abertura da exposição "Damião de Góis: um humanista na Torre do Tombo", patente até 28 de fevereiro, no átrio da Câmara Municipal de Alenquer.
A 05 de fevereiro, é inaugurada a exposição "Damião de Góis: centenários e comemorações", que pode ser vista até 28 de fevereiro, e promovida a conferência "Tributo a Damião de Góis - António Rodrigues Guapo" e o concerto "Nozescomvozes".

O programa continua a 06 de fevereiro com um roteiro pela Alenquer Goesiana, a 12 de fevereiro, com a apresentação do documentário "Aristides de Sousa Mendes, o cônsul de Bordéus" e, a 19 de fevereiro, com a conferência "Vinhais: judeus, marranos e inquisição" e o concerto "Lads d’Alenquer".

A 20 de fevereiro, Damião de Góis é contado às crianças e jovens, a 26 é feito um roteiro pela vila alusivo ao autor para famílias e, a 27, está previsto um concerto de música sefardita.

A exposição "Damião de Góis: o Homem e a Obra" vai estar em itinerância pelos vários agrupamentos de escolas do concelho, entre 02 de fevereiro e 04 de março.

Um dos objetivos do programa comemorativo é aproximar a figura histórica da comunidade escolar, estando previstas atividades dirigidas aos alunos desde o primeiro ciclo ao ensino secundário.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Alenquer com a água mais cara no distrito de Lisboa

A água mais cara, no distrito de Lisboa, é paga no concelho de Alenquer (410,94 euros/ano) e a mais barata é na capital (259, 51 euros/ano), segundo divulgou hoje a DECO, que alertou para as discrepâncias dos preços entre os 308 concelhos portugueses.



Alenquer cobra 182,94 euros por ano, unicamente pelo abastecimento de 120 m3 de água. Se fizermos as contas à fatura total, e acrescentarmos o saneamento, no final do ano, acresce mais 171,67 euros. E, ao somarmos os resíduos sólidos urbanos, cuja cobrança consta na fatura da água, acrescentam-se 56,34 euros , ou seja, um total de mais de 400 euros anuais. 

Entre os cinco concelhos mais caros do país, estão Trofa (503,61 euros/ano pagos pelos consumidores domésticos de 120 metros cúbicos de água), Santo Tirso (490,77 euros/ano), Vila do Conde (480, 21 euros/ano) – os três no distrito do Porto -, Celorico de Basto (447,13 euros/ano), no distrito de Braga, e Gondomar (443,99 euros/ano), também no distrito do Porto.

Já os habitantes que pagam a fatura da água mais barata são os de Lajes das Flores (9,36 euros/ano), Santa Cruz das Flores (14 euros/ano), Corvo (26,4 euros/ano) – todos na região autónoma dos Açores -, e São Vicente (69,5 euros/ano) e Porto Moniz (72,6 euros/ano), na região autónoma da Madeira.

A fatura da água tem indexadas as tarifas dos serviços de abastecimento de água, de saneamento e de resíduos sólidos urbanos (RSU), estas duas últimas calculadas em função do consumo de água.

No caso dos três primeiros concelhos com a fatura da água mais barata, os respetivos municípios, não cobram tarifas de saneamento e RSU’s.